"Quando
os gatos morrem e desaparecem, na verdade ressurgem em outro lugar do
mundo. Lá, nesse outro lugar, o mesmo gato ressurgido, o mesmo "eu"
felino, a mesma individualidade, viverá uma nova vida. E outras
sucessivas, em outros lugares, até que se complete o ciclo de sete, ou
até mais, porque na verdade tudo isso é um grande mistério. E, em cada
lugar onde renascer, o mesmo gato será novamente ele próprio - exibindo o
mesmo olhar, um perfil idêntico, um jeito igual de esfregar-se contra
as quinas dos móveis. Lá estará ele, outra vez, com a mesma sutileza, a
mesma meiguice, toda a ética e toda a dignidade que lhe foram peculiares
na vida anterior, essa retidão que os gatos têm e que tem sido tão
incompreendida ao longo dos séculos."
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