O odor a gerânios depois da rega
fez parar Alain com a garganta contraída de emoção. Inclinou-se, abriu,
às apalpadelas, o cesto, e devolveu a gata à liberdade. - Saha, eis o
nosso jardim... Sentiu-a deslizar para fora do cesto e, em nome da
imensa ternura que tinha por ela, deixou-a ir, apenas entregue a si
própria. Restituiu-lhe, dedicou-lhe a noite, a liberdade, a terra
permeável e doce, os insetos que velavam, e os pássaros que continuavam
a dormir.
Colette, Saha, a Gata, Livro-Carta, Colares Editora
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