O meu não come ratos, não gosta.
Se apanha algum, é para brincar com ele. Quando brincou tudo, poupa-lhe a
vida, e vai sonhar noutra parte, o inocente, sentado no caracol do seu
rabo, a cabeça fechada como um punho. Mas, por causa das garras, o rato
morreu.
Jules Renard, tradução de Jorge de Sena em Poesia do Século XX, Ed. Asa, 3ª ed, Porto, 2003
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