Neko

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Gladskih Alexsander


Meus Senhores,Aqui Estão Os Gatos! - Fialho de Almeida



Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato.

Ao crítico deu ele, como ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa e a câlinerie. Fê-lo nervoso e ágil, reflectido e preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até à tortura, e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os indiferentes, e terrível com agressores e adversários. Um pouco lambeiro talvez perante as coisas belas, e um quase nada céptico perante as coisas consagradas; achando a quase todos os deuses pés de barro, ventre de jibóia a quase todos os homens, e a quase todos os tribunais, portas travessas. Amigo de fazer jongleries com a primeirra bola de papel que alguém lhe atire, ou seja um poema, ou seja um tratado, ou seja um código. Paciente em aguardar, manso e pagado, com um ar de mistério, horas e horas, a surtida de um rato pelos interstícios de um tapume, e pelando-se, uma vez caçada a presa, por fazer da agonia dela uma distracção; ora enrolando-a como um cigarro, entre as patinhas de veludo; ora fingindo que lhe concede a liberdade, atirando-a ao ar, recebendo-a entre os dentes, roçando-se por ela e moendo-a, até a deixar num picado ou num frangalho.



Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto é, o animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - porque não escolheremos nós o travesti do último? É o que se quadra mais no nosso tipo, e aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das dentadas famintas do cachorro.



Razão porque nos acharás aqui, leitor, miando pouco, arranhando sempre, e não temendo nunca.”


[Prefácio de "Os Gatos". Fialho de Almeida (Vilar de Frades, 7/5/1857 - Cuba, 4/3/1911).Contista, crítico de arte e costumes, jornalista, panfletário, licenciado em medicina, que praticamente não exerceu, optando pela vida literária.]


Camuflagem


Propaganda - Seguro



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ilustrações


Hello Kitty




Festa!





Primeiro Aniversário

Hoje o Blog completa 1 ano! 

Aproveitando esse primeiro aniversário, gostaria de agradecer a todos os leitores, assíduos e eventuais, e dizer que compartilhar o que se curte é o que realmente faz valer a pena toda e qualquer experiência. Pra mim tem sido bem gratificante todo o trabalho que envolve a composição de cada tema, o aprendizado da linguagem "internet", e a inspiração em outros grandes blogs que, assim como o meu, tem a paixão pelos animais como tema. E é daí que vem o nome do blog: "The Cat is on the table", no meu caso, poderia ser entendido como a "primeira experiência" com um blog - já que é uma paródia de "The book is on the table" - que nos remete ao "be-a-bá", ou seja, os primeiros contatos de alguém com o idioma inglês. Pode ser entendido também como uma "expressão idiomática" com relação ao assunto; "The Cat is on the Table" -  o gato aqui é o tema. Gatos e tudo o que se refere à eles: histórico, fotos, poesias, crônicas,videos, propagandas e etc... então, o título, que seria tido como uma espécie de Be-a-bá do idioma inglês, passa a ter duplo sentido. E assim foi, e assim é! um prazer enorme que amo compartilhar!


quarta-feira, 25 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

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Karen Margulis


O Senhor K. E Os Gatos - Bertold Brecht

O Senhor K. não gostava de gatos. Não lhe parecia que fossem amigos do homem, e portanto não era amigo deles. "Se tivéssemos os mesmos interesses", dizia, "a sua atitude hostil ser-me-ia indiferente." No entanto, o Senhor K. ficava contrariado se tivesse de fazer os gatos saltarem da sua cadeira. "Deitarmo-nos a descansar é um trabalho", dizia, "e deve por isso ter êxito." Por outro lado, quando os gatos se punham a miar atrás da porta levantava-se da cama, mesmo que fizesse frio, e deixava-os entrar para o quente. "O cálculo que eles fazem é muito simples", dizia. "Quando chamam, alguém vai abrir-lhes a porta. Quando deixamos de ir abrir-lhes a porta, deixam de chamar. Logo, chamar é um progresso."

Ilustrações

Brasões


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Parlendas

“Era uma vez Um gato maltês, Tocava piano Falava francês. A dona da casa Chamava-se Inês E o número da porta Era o trinta e três Queres que te conte? Um. Dois. Três. Queres que te conte outra vez?”



Parlenda é um conjunto de palavras com pouco ou nenhum nexo e importância, de caráter lúdico, muito usadas em rimas infantis, em versos curtos, ritmo fácil, com a função de divertir, ajudar na memorização, compor uma brincadeira. Pode ser destinada à fixação de números, dias da semana, cores, dentre outros assuntos.

Graffiti