Sei menos dele do que ele de mim:
altivo, mas por natureza insensato,
tem-me na mão só com olhar, enfim,
faço-lhe tudo. Sabe-a toda, o meu gato.
Não é por mim que ele me procura.
Descobre-me gestos, usos e sons,
e assim se insinua com doçura
dando-me em troca afagos e ronrons.
E eu o que lhe dou, o que lhe faço?
Nada. Contento-me em que seja meu.
Marco o terreno e dou-lhe espaço
tal como se o meu gato fosse eu.
altivo, mas por natureza insensato,
tem-me na mão só com olhar, enfim,
faço-lhe tudo. Sabe-a toda, o meu gato.
Não é por mim que ele me procura.
Descobre-me gestos, usos e sons,
e assim se insinua com doçura
dando-me em troca afagos e ronrons.
E eu o que lhe dou, o que lhe faço?
Nada. Contento-me em que seja meu.
Marco o terreno e dou-lhe espaço
tal como se o meu gato fosse eu.
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