Cientistas criaram gatos fluorescentes modificados geneticamente em
uma pesquisa que pode trazer informações importantes para o combate da
Aids.
A equipe da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, modificou o genoma dos
gatos com uma proteína extraída de determinadas espécies de macacos, que
impede que estes desenvolvam Aids. Ao mesmo tempo, eles adicionaram ao
genoma dos gatos uma proteína verde fluorescente, criada a partir de
águas-vivas, que serve para monitorar a atividade da primeira proteína.
Quando os gatos são expostos à luz ultra-violeta, eles brilham, o que
comprova que a proteína que protege os animais do vírus de
imunodeficiência felina (FIV, na sigla em inglês, a versão felina do
HIV) está sendo produzida.
"Uma das melhores coisas desta pesquisa biomédica é que ela visa
beneficiar tanto humanos como felinos", diz o líder do estudo, Erci
Poeschla.
Segundo ele, o experimento pode trazer avanços na busca por vacinas e
tratamentos contra o HIV, o vírus que já matou mais de 30 milhões de
pessoas ao redor do mundo. A versão felina do vírus também mata milhões
de gatos todos os anos.
Óvulos
A modificação genética acontece com a inserção dos genes nos óvulos ainda não fecundados que vão gerar os gatos.
O gene usado para bloquear a infecção por FIV funciona atacando e
desarmando a proteção externa do vírus quando ele tenta invadir uma
célula.
Os pesquisadores sabem que o mecanismo de defesa funciona bem em
laboratório, mas querem determinar como será o funcionamento desta
proteção na vida real.
Os animais que foram modificados estão bem e já tiveram filhotes,
cujas células produzem a proteína protetora, provando que alguns genes
inseridos com esta técnica permanecem ativos em gerações sucessivas.
fonte:aqui ,
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