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sábado, 3 de setembro de 2011

O Gato - Fabio Rocha

De quando em vez
esse ser equilibrado
de aparente ausência assimilada,

esse eu sério, de óculos, barba,

poucas palavras e sorrisos,
desce da altura medida.
A vista míope enturva, escurece.
Dentes trincados não fazem preces.
A lentidão de pernas e braços
destransforma-se em negro gato.
Gato ágil que arranha de angústia rouca
tão profundo, tantas vezes, tanta gente...
vai embora num relampejar de luz pouca
e sou eu quem se arrepende.


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